Willians GSA 2011

sábado, 3 de abril de 2010

Meus valores de solidariedade e responsabilidade social advêm de uma vivência familiar. Tenho um primo que é portador de deficiência e eu, desde 1993, acompanhava minha mãe levando-o para tratamento em várias instituições assistenciais de São Paulo e Lorena (SP), cidade onde cresci. Nessa época, enquanto ele era atendido, eu arrumava um jeito de participar e conhecer os trabalhos que tais organizações realizavam. Ainda não imaginava o que era ser voluntário mesmo já sendo um.
A partir desse contato direto, comecei a fazer visitas mais freqüente nas instituições e residências dos atendidos, passando a conhecer a realidade deste meio social que é tão carente. Costumava freqüentar esses lugares pelo prazer de escutar e vivenciar tal experiência.
Em 2001, comecei a atuar como voluntário do ‘Projeto Caminhar’, também em Lorena. Projeto este desenvolvido por uma organização social da cidade que realiza um trabalho denominado Equoterapia. O contato com os cavalos contribui para a reabilitação física e mental de crianças, adolescentes e adultos com algum tipo de deficiência. Participei desse projeto, que atualmente atende gratuitamente varias pessoas, durante quatro anos, trabalhando ativamente em diversas atividades, colaborando assim para a expansão e a melhoria do atendimento do mesmo.
Além disso, juntamente com amigos, organizei em 2005 alguns trabalhos voluntários, como por exemplo, mutirão de serviços gerais e ‘contadores de história’, entre outros. Estes trabalhos eram realizados em hospitais, instituições de idosos, orfanatos e entidades assistencialistas de Lorena, e contribuíram para aumentar ainda mais minha consciência a respeito da importância da participação solidária no bem estar coletivo.
Há aproximadamente 4 anos me mudei para Paraty (RJ) e atualmente realizo atividade na Equoterapia  Paraty na qual faz a terapia em cavalos de crianças da APAE de Paraty e abre portas para voluntários e novos praticantes. Nesse período, tenho percebido um preocupante quadro de vulnerabilidade e exclusão social na cidade, principalmente na periferia e na zona rural. Diante de minhas experiências e dos conhecimentos adquiridos com o trabalho social voluntário e da demanda de suporte pra esse tipo de serviço em Paraty, acredito na necessidade de um Centro de Voluntariado para a região. Uma sólida proposta de mobilização e organização social, como meio de facilitação pra um mundo melhor.

Sinceramente,

Willians Gomes